segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Sutilmente (Skank)

E quando eu estiver triste
simplesmente me abrace
Quando eu estiver louco
subitamente se afaste
Quando eu estiver fogo
suavemente se encaixe

...

E quando eu estiver bobo
sutilmente disfarce
Mas quando eu estiver morto
suplico que não me mate, não
dentro de ti, dentro de ti

Mesmo que o mundo acabe, enfim
dentro de tudo que cabe em ti

...

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Sentada no McDonald's da esquina

Há 2h30 estou aqui, dentro dessa fábrica de banhas e colesterol, sem poder sair. Há 30 minuto abri o laptop para escrever. Mas sem internet. “Desculpa, senhora, mas não posso fornecer internet por que não recebemos os cartões este mês”, disse-me o gerente do balcão.
Senhora? Ele tem noção que me chamou de senhora? E logo depois de eu ter ingerido algo entre 2 mil a 3 mil calorias – e desejo ardentemente que não tenha passado disso. Sim, por que o que mais há para fazer em um McDonald's se não COMER? Mas só enquanto espero a chuva passar, oras, e a diminuir a fila de pessoas aguardando atendimento da mesma cooperativa de táxi que eu... Isso é São Paulo.
Meu carro está na revisão. Peguei carona até uma avenida próxima de casa – não mais que 15 minutos de carro em trânsito normal, o que tem sido raro em São Paulo. Minha casa está logo ali... o chuveiro, a roupa limpa, a cama macia onde posso esperar por Ele... e eu aqui. Sentada no McDonald's da esquina esperando a chuva passar e algum táxi me resgatar. Será?
“NÃÃÃO. NÃO QUERO MAIS NAAADA... obrigada!”.

Ops, me desculpe. Estava falando com a garçonete.

Obs. Eu fiquei mesmo sem internet. Escrevi no word e depois copiei aqui no blog.
Obs.2. Cheguei em casa depois de 3h15 desde a hora que cheguei no McDonald's.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Academia filosófica



Há alguns dias percebi que preciso voltar a malhar. Me matricular em uma academia e levar a sério. Não só pelo corpo que denuncia os 30 e poucos anos, mas pela alma. Sr(a) Mente reclama que tem trabalhado muito enquanto o Sr. Corpo se mantém em repouso, horas no carro - nesse trânsito infernal -, outras horas na cadeira enquanto edito vídeos, algumas poucas em pé ou sentada, conversando com algum entrevistado...
Alongamento para mim tem sido esticar o braço até alcançar a altura certa do tripé e exercício aeróbico, o sobe e desce da escada de casa para pegar algo esquecido no andar de cima, ou de baixo – o que evito ao máximo empilhando nos degraus o que precisa descer ou subir para tentar levar tudo de uma vez. Concordo com você, isso não é exercício e preciso da academia.
Pois bem, do alto da minha consciência de necessidade cerceada pela falta de tempo, eis que ontem me encontrava semi-deitada em uma sala onde se discutia fi-lo-so-fia. Não a de boteco. Filosofia mesmo, sob a ótica de Nietsche. Com especialista e tudo. Sim. Cai na tentação e quase – mas quase mesmo – me matriculei no curso de filosofia.
Nada contra. Pelo contrário, ADORO filosofia. Sempre gostei e alguém muito especial, o saudoso e querido professor Zizo (alunos da Unilago/S.J.Rio Preto, é ele mesmo), conseguiu reforçar ainda mais minha admiração pela disciplina. Mas acho que do alto dos meus 30 e poucos anos, me interesso mais por filosofar sobre a vida mesmo, a real. A minha, a das minhas amigas, com exemplos, comparações, percepções, achismos descompromissados mas levados sempre a sério... Aqueles papos que lavam a alma. E que só reforçam questões como a de que não preciso tanto de filosofia, a não ser a que me mostra o quanto preciso, nesse momento da vida, de uma academia.

sábado, 24 de outubro de 2009

Bastardos Inglórios

Impressionante como Quentin Tarantino tem o dom. É isso, tem o dom. Ouvi que talvez Bastardos Inglórios seja o mais maduro de seus filmes. Concordo, apesar de não ter visto tooodos, confesso!

Até os personagens "canastrões", se é que pode-se dizer assim, ele fez com perfeição. Tudo, cada detalhe, faz sentido. Os fatos inesperados, o vilão... que vilão. E não estou falando do Brad Pitt.

Quer saber, tem que ver. Mesmo que seja para discordar de mim.

TRAILER TRADUZIDO:

A festa

Foi ótima. Aconteceu de tudo. Tudo mesmo.

-Invasão de besouros - dos pequenos, mas em quantidade que beirava ao insuportável. A melhor comparação, para se ter uma ideia, foi a de que parecia que todo o feijão preto do mundo tinha sido espalhado pelo chão.

-Ameaça de tempestade, com raios e trovoadas que prometiam um terrível temporal. A chuva, na verdade, foi pouca. Mas suficientemente para que todos tivessem que deixar o "ar livre" e se instalar na varanda ao redor da casa, ao menos por uns minutinho.

-Falta de energia elétrica com direito a tentativa de fogueira - apagada pela chuva, claro. Muitos homens movidos a "álcool" tentando montar uma parafernália que trouxesse a luz - entre os destaques, o corte de um soquete com facão. Luzes de emergência que começaram a aparecer de todos os lados - quase na mesma quantidade que os besouros - mas que solucionaram o problema.

-Pai de aniversariante com bolo na cabeça, mas justificadamente: ele queria.

-Bolo ensopado pela água que escorreu do congelador da geladeira - ninguém lembrou que sem energia a geladeira descongela.

Mas o melhor de tudo foi comemorar com meu primo-irmão Giulianno, nascido em 15 de outubro e velho companheiro de festas de aniversário, e ter toda a família e o grande amor da minha vida ao meu lado.

Uma festa para nunca mais esquecer.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Quase 32

É amanhã. Estou me despedindo dos 31 e feliz. Não porque se foram, mas pelo que me permitiram...

-Pausa para a "festa surpresa da qual escolhi até o bolo, ou melhor, o côco - queria abacaxi com côco e fizeram prestígio", aqui no trabalho. Já volto...
-Voltei. E o bolo estava uma delícia... huuummmmm!!!

Mas vamos adiante. Afinal, é para nos lembrar que a vida segue que fazemos aniversário, não? Também. Adoro fazer aniversário para receber parabéns. Desejos de felicidades. Nesse dia as pessoas falam das coisas boas que te desejam. E aproveito cada bom desejo para renovar minhas forças.

Se você é daquelas pessoas que não gostam muito do famoso "fazer anos", tente pensar diferente. Não pense no passar dos anos, mas no que viveu em cada um deles. Em quem eles te transformaram. Se há algo que o incomoda, é o motivo para mudar: "amadureci", justifique, se lhe convier. E mude, mesmo que seja para poder voltar atrás depois. Você pode. É tudo questão de escolhas. A vida é feita delas... E quanto mais o tempo passa, mais me convenço de que não existe certo ou errado. Existem consequências, mas e daí? Se houver consciência, que venham as consequências.
A vida vai, não volta. Que bom, sinal de que há sempre mais por viver. Busque o novo, quando for interessante. Mas encontre o prazer no que já faz parte da sua vida: a família, os velhos amigos, o amor da sua vida (esteja ele ao seu lado ou não).

Esteja feliz a cada momento. Encontre a alegria de viver em você e compartilhe. Peça perdão quando sentir vontade. Sorria. Chore e sorria novamente. Abrace. Peça. Dê. Devolva - mas só o que for bom. Aprenda coisas novas. Reaprenda coisas velhas de maneira diferente. Corte o cabelo. Arrume-se. E antes de apagar as velinhas do bolo, interiorize a luz na certeza de que elas não estão se apagando, mas se transferindo para dentro de você. Há um ano inteiro até seu próximo aniversário... aproveite!



A vida está ai. E eu estou com ela!
Que eu tenha um feliz aniversário... hoje, amanhã e sempre.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

"Orgulhosa demais, frágil demais"


A vida de Maria Callas, de Alfonso Signorini. Este foi o último livro que devorei com a mesma intensidade com que a protagonista desta história real viveu e morreu tantas vezes ao longo de sua trajetória.

Uma mulher que nasceu com o dom de ser só e a necessidade de ter o público aos seus pés. De viver ao som de aplausos e suspiros. Capaz de seduzir com seu pesado e maltratado corpanzil enquanto aguardava o momento exato para metamoforsear-se e então iniciar sua "escalada ao Olimpo", como ela mesma sentencia, segundo descreve o autor.

Um livro apaixonante sobre uma mulher que renuncia a si mesma pelo amor de um homem de sobrenome Onassis. Ele, contraditório nas proporções em que destina seus bens e sua ternura à amante Callas, cuja consciência só lhe chega com a morte. Mas em tempo de ter o perdão.

Sinto-me ainda envolvida pela biografia que despertou em mim algo como uma vontade de traçar um foco e seguir rumo a ele sem que nada me detenha. Não ser alguém como Callas apenas na aparência, cuja semelhança me foi sugerida algumas vezes, mas um pouco mais na alma assertiva de uma Callas que foi o que quis ser.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Curiosidade

Ontem fiz uma entrevista super bacana com o Marcelo Duarte, jornalista - como eu - e autor da coleção "O Guia dos Curiosos". Foi durante o lançamento do primeiro livro corporativo que ele escreveu: "O Guia dos Curiosos Gafisa". A ideia nasceu na campanha publicitária criada pela agência Giovanni+Draftfcb para comemorar os 55 anos da empresa.
Agora deixe a curiosidade de lado e assista aqui.

Mas se vc estiver com aqueeela fominha, dê uma olhadinha na reportagem que eu fiz na Lanchonete da Cidade, sobre a ação que a Pepper fez para o Mini Cooper, da BMW... de dar água na boca. Quer ver? Clique aqui.

sábado, 12 de setembro de 2009

Se o mundo fosse dos Nets eu queria viver na Lua

Se existe um caso de propaganda mentirosa é a da NET. Ou então, o mundo dos Nets propagado é pior que o inferno. Eu duvido que exista um cliente capaz de comprovar que tenha sido atendido em todas as suas solicitações feitas a esta operadora. Eu contratei o COMBO (TV, INTERNET e TELEFONE) há quase um mês e, por enquanto, o que tenho: apenas 1 ponto de TV funcionando - contratei 2 -, os fios de internet espalhados pela sala pq o instalador terceirizado não conseguiu instalar no andar de cima, onde há espaço reservado para isso, e a linha telefônica instalada, mas desligada, pq ele também não conseguiu instalar, e sem a extensão solicitada desde que fechei o contrato. Ou seja, tudo pela metade.

Agora, o maior fenômeno é a capacidade deles de só virem a sua casa quando você não está. Mesmo que as visitas sejam reagendadas, eles sempre vem quando não era para vir. E quando era... ahhhhh, senta e espera. Mas espera meeeesmo, pq não virão. E nem precisa ligar pq já te adianto qual será a resposta: "desculpa, senhora, mas não tem visita nenhuma agendada para hoje".

E sabe o que vc faz com aqueles 15 números do protocolo que vc anotou com todo o cuidado? Calma, não tome decisões precipitadas. Minha sugestão é que você tente fazer uma combinação desses números e jogue no bixo, ou na Mega Sena. Quem sabe você não fica rico e monta uma prestadora de serviços só pra você. Dessa forma, quando for mudar de casa, como eu, recentemente, será poupado da piadinha pronta da esmagadora maioria das pessoas com as quais comentar que está naquela fase de ajustes e concertos de toda mudança: "se você conseguir se resolver com a NET, o resto é fichinha". E a piada vem pronta antes mesmo de que eles saibam que você está tentando, a todo custo, ser um cliente Net. É a praga dos Nets.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Tempo de mudanças

Tanta coisa boa tem acontecido na minha vida, experiências que até gostaria de compartilhar... mas cadê tempo?!?

Tenho a impressão de que os ponteiros dos relógios andam estressados. Num tic-tac frenético que não consigo acompanhar. Na verdade, acho que a estressada sou eu. Eles só correm a favor do tempo - e contra mim.

Ufa! Consegui vir aqui para respirar. Escrever. Compartilhar.

Algumas mudanças vem como um turbilhão. Daqueles que nos fazem a pessoa mais feliz do mundo, mas também a mais ocupada do universo.

Mudar de casa, por exemplo. Quando a nova casa passa por reformas, a sua vida passa a girar em torno daqueles intermináveis check-lists que nunca tem fim:
- comprar reator de iluminação;
- ver pintura do banheiro;
- ligar para instalador do box do banheiro;
- marcar limpeza do carpete;
- trocar dia da aula de inglês;
- comprar suporte do microondas... e por ai vai.

Você risca uma tarefa cumprida, e sempre tem outras duas ou três para acrescentar.
Mesmo assim, mudar faz bem. Se desfazer do velho, começar o novo. Preencher a vida de novidades. Mudar o salão de cabelereiro - em São Paulo a vida fica mais prática quando sua manicure está logo ali, ao alcance em 5 minutos de caminhada, no máximo. Pelo menos para mim. Mudar o supermercado. Descobrir as lojinhas que estão ao redor, os cafés, os restaurantes... Claro, até agora descobri mesmo o salão de manicure, por pura necessidade, já que para uma gravação na manhã desta segunda-feira eu precisava estar com as unhas feitas depois de mexer com todo tipo de produto de limpeza e afins. E, obviamente, a loja de materiais de construção, onde já sou reconhecida por toooodos que lá trabalham. É verdade que também já temos - meu namorado e eu - um repertório extenso de novos sabores de uma das melhores padarias que a gente já conheceu e que está logo ali, ao lado. Juntos estamos mesmo descobrindo novos sabores, novos prazeres, e isso é o que importa no final de cada dia, quando olhamos um para o outro, sorrimos e descansamos num abraço.

Compartilhar é mesmo a palavra. Compartilhar a vida. Mudar para estar ao lado. Dividir os afazeres e os pequenos problemas do dia a dia que são diluídos quando há soma de alegrias e conquistas. E há. Seguir lado a lado. Estar ao lado, logo ali. Podendo mudar tudo para manter dois ítens no check-list pessoal:
- amar;
- e ser feliz.

sábado, 20 de junho de 2009

Direto de Cannes


Cá estou há 3 dias. Cheguei quinta-feira (18), sob um sol escaldante e os efeitos estonteantes do fuso horário. Aqui, na França, por volta das 15h. Cinco horas a frente do Brasil. Hoje já é sábado. O relógio a minha frente marca 21h39 e o do computador, 16h31. Eu deveria tentar dormir o quanto antes já que amanhã efetivamente começa o Cannes Lions 2009 e sua enlouquecedora agenda do tudo ao mesmo tempo agora. Mas o corpo quer seguir a hora do Brasil. Que importa se o motivo que aqui me trouxe é justamente estar a postos para fazer a cobertura do maior de festival de publicidade e inúmeras outras ferramentas de comunicação que você pode assistir no www.propmarktv.com.br/cannes2009 ?!?!

Na verdade, comecei ontem a trabalhar para valer. Andei por toda a cidade para captar imagens para os vídeos iniciais do Giro em Cannes , e do Direto do Palais. Palais, onde acontece o festival, e que hoje abriu as portas para o credenciamento. Aproveitei e fiz um tour interno, que você pode ver clicando aqui.


A viagem foi tranquila. Eu diria que com bastante turbulência se não quisesse cometer o erro de me render a tensão sob a qual qualquer chacoalhão parece mais agressivo diante de fatos como o acidente da Air France. E cá estou, com uma câmera na mão, o microfone na outra, o apoio de um tripé e de uma mochila de rodinhas - mala sem rodinhas ninguém merece -, para o mais cansativo e instigante trabalho do ano: a cobertura do Cannes Lions.

Vejo você no propmarkTV especial de Cannes.

As fotos são do super-mega-blaster fotógrafo Alexandre de Oliveira, que assina a galeria do www.propmark.com.br/cannes2009. Vale muito a pena conferir!!! Assim como as notícias da equipe do propmark em Cannes, com direção do MQ (Marcello Queiroz) e reportagens da Teresa Levin e do Paulo Macedo.

Au revoir!!!

domingo, 14 de junho de 2009

Cuidado, frágil 2!!!

Quando se aproxima o Cannes Lions - maior festival de propaganda - que como já disse aqui vai muito além da propaganda - meu trabalho fica mais intenso. Durante uns 50 dias planejamos, aprovamos e preparamos a cobertura do evento, que acontece na Riviera Francesa - sem deixar que o ritmo normal do site de vídeos seja comprometido. Como também já contei aqui, sou produtora, editora de imagens e conteúdo e videoreporter do www.propmarktv.com.br. Na verdade estou tudo isso, já que dia a dia tento aprender a exercer cada uma das funções, ao mesmo tempo agora. Sou jornalista e gosto de "bater papo" com quem sempre tem o que dizer. E para fazer isso precisei aprender - estou aprendendo - a filmar e editar o material também. Como perfeccionista que já fui, diria que preciso melhorar muito. Mas o objetivo final de levar conteúdo tem sido cumprido, graças aos meus entrevistados e às empresas - clientes e agências - que geram conteúdo para que eu mostre aos internautas do propmarkTV.

Bem, mas voltando as fragilidades, semana passada eu saia atrasada para uma reunião, carregada de equipamentos, e levei um mega-ultra-super-blaster tombo na escada. Cai sobre os 2 pés mas não senti nada na hora. As pessoas que me socorreram se surpreenderam ao me ver sair andando como se nada tivesse acontecido. Minha surpresa veio mais tarde, quando meu pés incharam, roxearam e eu não conseguia colocá-los no chão. Nem mancar era possível, já que os 2 estavam machucados...

Mais ou menos 2 horas se passaram entre o inchaço seguido da dor quase insuportável dos pés e o diagnóstico médico de que eu não tinha quebrado nada, mas ficaria 2 dias com os pezinhos para cima, no gelo, e medicada para desinflamar a distensão. Inclua ai a medicação na veia - e quem me conhece sabe o desespero que isso significa pra mim. E aqui tenho que agradecer muito ao meu namorado, um companheirão que teve a maiooorrr paciência comigo. Foi a única parte boa disso tudo :)

Mas voltando as fragilidades, o fato é que esse acidente mudou toda a minha agenda. Os compromisso dos "2 dias de pés pra cima" foram desmarcados e perdi o controle completo de cada hora do meu dia que eu pensava ter. E o mundo não parou de girar, a economia continuou a mesma e ninguém morreu por isso.

As vezes não conseguimos parar. As vezes paramos sem querer e percebemos que de fato NINGUÉM É INSUBSTITUÍVEL. E viva a experiência, a vida e suas fragilidades.

Cuidado, frágil!

Impressionante como a vida é frágil. No último dia 31 de maio 228 pessoas embarcavam em uma aeronave da Air France, carregando consigo lembranças e planos para quando a aeronave pousasse em solo firme, em Paris, como obviamente haveria de ser. Mas não foi. Por algum motivo que talvez só os mais elevados espiritualmente consigam entender, eles encerrariam ali suas jornadas nesta vida, deixando para trás um mundo perplexo e familiares e amigos inconformados e saudosos.

Histórias dos que poderiam estar no vôo mas não estavam, dos que não deveriam mas mudaram a passagem para embarcar no AF 447, me dão um certo conforto de que estavam os que tinham que estar e pronto. Na quarta-feira (17/06) embarco no AF 455, rumo ao mesmo Charles de Gaulle, em Paris. Aos que me perguntam se estou com medo, respondo: "já fui de carro ao velório de amigos que morreram de acidente de carro". Mas é claro que se paro para pensar, estou. Por isso, evito pensar. Terei 14 horas para pensar nisso quando estiver no ar, e ainda assim vou evitar. Levarei um bom livro e Allons-y!

No fundo não me resta dúvidas de que será uma bela viagem. Serão 10 dias de trabalho incessante para mostrar o desempenho brasileiro no Cannes Lions 2009, o melhor e mais importante festival da propaganda mundial - que hoje vai muito além da propaganda. Você pode acompanhar no www.propmarktv.com.br/cannes2009. Depois, uma semana de merecidas férias. No destino esta Dubrovnik, na Croácia, onde a companhia complementará o cenário, fazendo dele o mais perfeito do mundo!



Dá para pensar em outra coisa?!? Creio que não. Acredito que devemos seguir assim, escrevendo nossa própria história com momentos e lembranças inesquecíveis, planejando e realizando o que de melhor pudermos fazer. Caminhando ao longo da estrada sem pensar que em algum momento há um ponto de chegada, é inevitável. Então, VIVAMOS!!! E que um dia seja melhor do que o outro!!!

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Qual cenário você quer para o seu dia?


Por quantas manhãs de nossas vidas não saímos de casa como se vivêssemos mais um daqueles dias nublados, deixando-nos envolver por uma atmosfera cinza, cabisbaixos, sem nos darmos ao menos a chance de buscar por uma frestinha de luz?

Em muitos deles, a realidade é bem diferente. Há um lindo sol brilhando por trás da lente escura de nossos óculos de sol. Mas se tivermos sorte, somada ao histórico de preservarmos pessoas especiais ao nosso redor, é possível que uma delas nos diga: "Tire esse óculos escuro e veja que cenário lindo o universo preparou para o seu dia!".

Talvez então nos daremos conta de que as mesmas lentes que usamos para proteger nossos olhos, podem esconder deles a verdadeira beleza do que há para ser visto.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Segunda-feira de sol...


... véspera de feriado. Foi pensando nisso que percorri o caminho para o trabalho hoje. Parte dele, na verdade. E bem pequena, por sinal. Também pensei em outras coisas, afinal, o que importa é como aproveitamos cada momento.

Recordei, por exemplo, do delicioso almoço que tive ontem com amigas muito especiais - daquelas que você descobre lá pelas tantas da vida, mas é como se sempre estivessem estado ali. E sem as quais seria bem mais complicado e sem graça continuar a caminhada. Com elas eu sempre aprendo. Ou ouço coisas que já sabia, mas fingia que não. Mas ontem aprendi algo que nunca tinha passado pela minha cabeça, mas reforça a velha e conhecida máxima de que "tudo depende do ponto-de-vista". Enquanto decidíamos onde seria nosso almoço, uma das "envolvidas" disse que gostaria que fosse em um lugar gostoso. Ok. Isso eu também queria e sugeri o Pitanga, na Vila Madalena - bairro de São Paulo onde há deliciosos restaurantes e bares a serem descobertos. Mas chegando lá descobri que ao solicitar um lugar "gostoso", ela queria um lugar que tivesse poltronas confortáveis, com braços de apoio, estofadas e, se possível, reclináveis. Justificativa: "se a cadeira é gostosa a gente fica mais tempo. Se não, vamos embora logo". Resultado: ficamos das 13h as 17h na cadeira ruinzinha de madeira, sem apoio para os braços e que ser for parente de uma poltrona, é bem distante.

Ainda no caminho até o trabalho, sob o sol convidativo da segundona, véspera de feriado, lembrei do sorriso e do abraço aconchegante com que meu namorado me recebeu, mesmo eu tendo voltado de um almoço de domingo sem ele. E o coração novamente disparou, dando-me mais uma vez a certeza de que ele é a pessoa mais especial deste mundo. E de que sim, é o companheiro que eu quero para toda a vida.

Lembrei também que meu time do coração, o Santos, não era favorito no Campeonato Paulista. E que o time que ele tirou da final, o Palmeiras, foi o que fez a melhor campanha. Lembrei também que um dia após ter visto meu Santos perder do mesmo Palmeiras embaixo de chuva, em jogo do mesmo campeonato, ouvi de um palmeirense bastante experiente que o Santos ainda daria muito trabalho no Paulistão. Confesso que não acreditei, mas me lembrei disso já na vitória do Santos, na Vila Belmiro, contra o Palmeiras. Assim como me recordei de um dos valores que aprendi no berço: respeite os mais velhos e esteja atenta à voz da experiência.


crédito: Foto reproduzida do Globoesporte.com


Já na redação onde trabalho, me deparei com duas mensagens no e-mail que tinham tudo a ver com meus pensamentos. Abaixo, as reproduzo exatamente como as recebi. Apesar de longas, fui até o fim. Valeu a pena.

Antes, deixo o link do comercial PEIXE, de O Boticário para o Dia das Mães. Além de lindinho e inocentemente poético, foi batizado de PEIXE!!! Bons presságios!




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DANUZA LEÃO
Momentos

São coisas bobas e boas que nos acontecem e que não notamos; se notássemos, poderíamos ser mais felizes

OUTRO DIA, depois do almoço, estava eu em casa, deitada num sofá, sem fazer nada. Liguei a TV bem baixinho, só por vício, e meus gatos, que não me largam um minuto, vieram e se instalaram pertinho de mim: Jujuba com a cabeça deitada na minha perna, Haroldo na barriga dela, os dois dormindo.

Era um momento de tal paz, que pensei: "ah, que momento bom estou vivendo". E pensei que durante os dias, todos os dias, se vive momentos bons, só que não nos damos conta porque não prestamos atenção.

Às vezes eu saio da ginástica e passo pela barraca da feira onde costumo comprar frutas, mas estou sem dinheiro, e o feirante, depois de dizer que eu posso pagar depois, insiste: "leva três mangas, estão doces como mel". Corta uma fatia com uma faca bem amoladinha e me dá para provar. Não é maravilhoso? E quando eu digo que só vou levar uma, porque moro sozinha, e ele diz "mora sozinha porque quer", não dá vontade de dar uma boa risada? E não é para achar que a vida é boa?

Quando chego de viagem cansada, entro em casa e está tudo em ordem: a cama arrumada, os lençóis limpos, a geladeira com as coisas que gosto; aí tomo um bom chuveiro e me jogo na cama, sem um telefonema para dar, tem alguma coisa melhor?

Acordar, abrir a janela e ver que está um dia lindo, de sol e céu azul é uma alegria; mas quando o tempo está cinza e chovendo também pode ser muito bom; bom para ficar em casa, botar uma meia de lã, um suéter velho e ficar bem quietinha, lendo um livro. Não é também glorioso? Todos esses momentos são especiais, mas é preciso prestar atenção; são muitos por dia, nenhum deles têm grande importância, são apenas momentos, e a maior parte das vezes a gente nem percebe; mas não é deles que a vida é feita?

Aprendi, não sei como, a captar muitos desses momentos; é sempre inesquecível, a chegada a uma cidade que não conheço e onde não conheço ninguém, onde tudo é novo, e se eu nem sei falar a língua, melhor ainda. É o desconhecido, que pode amedrontar ou ser fascinante -e por que não escolher o fascínio?

E tem aquela hora em que, na sexta-feira, você terminou todos os trabalhos, fecha o computador com a sensação do dever cumprido, e aí também não tem nada melhor. E quando você vai à praia cedinho, se deita na areia e sente aquele sol ainda morno no seu corpo, e pouco a pouco ele vai esquentando? Aí você entra no mar, dá um belo mergulho, e volta com um pouquinho de frio e apanha mais um pouquinho de sol, tem melhor? E o chuveiro que você toma quando chega em casa e sai do banheiro enrolada numa toalha, cheirosa do sabonete e do shampoo, tem alguma coisa tão boa? Não há um dia em que eu saia para caminhar na Lagoa que não pense em como a paisagem é linda, como é bom estar em boa saúde e poder andar bem depressa, que quando chegar em casa vou tomar um banho de banheira para relaxar e não tenho nenhum compromisso para a noite, isso não é felicidade pura?

São tantas coisas bobas e boas que nos acontecem e que não notamos, e que se notássemos poderíamos ser bem mais felizes. Mas uma coisa me deixa curiosa: todas as lembranças que tenho desses bons momentos, momentos inesquecíveis em que não aconteceu nada de extraordinário, eu estava só. Claro que houve outros, de amor, amizade ou paixão que foram maravilhosos, mas dos que eu me lembre mesmo, eu estava só. O que será que isso quer dizer?


Que não precisamos dos outros para sermos felizes? Que dependendo de como somos podemos ter momentos de grande felicidade que não dependem de ninguém, como costumamos pensar? Desconfio que sim, e só sei que a vida, acredite, é muito simples e muito boa.

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Maturar - Marcelo Rubens Paiva
Estadão - Caderno 2

Quando você envelhece, descobre que os amigos ranzinzas ficam mais
ciumentos, prática sem cura, e você pára de implicar com eles e se
diverte. Como pára de implicar com o blefador, que continua o mesmo,
com o pão-duro, que só piora, com o teimoso, que insiste mais em suas
opiniões, mesmo se estiverem furadas. Descobre que o engraçado tem
novas e mais sofisticadas tiradas, e que a risada dele continua
estremecendo o baralho. Descobre que a ressaca do uísque é melhor do
que a da pinga, que prosecco e champanhe são só para brindar, que o
vinho tinto argentino melhora a cada safra. Descobre que a comida deve
vir com pouco sal e a salada, com muito azeite. Descobre que tomate e
maçã fazem bem e embutidos, mal. Que queijos magros são mais
aconselháveis do qu e aquele brie ou emental. Descobre que em
inauguração de restaurante não se come, e que em lançamento de livro o
vinho branco é alemão.

Descobre que aquela mulher por quem você foi apaixonado continua
apaixonante, e o deixa sem graça toda a vez que olhares se cruzam. E
mesmo que ela tenha se casado com seu inimigo, com quem teve quatro
filhos, continua irresistível, e você fica sem graça ao lado dela como
se ainda tivesse 16 anos, e ela sabe disso, e você não sabe por que
enrolou tantas décadas nem por que você não a seqüestrou logo quando
se conheceram na escola.

Quando você envelhece, descobre que todas as suas ex merecem carinho,
um presente, um almoço, ou até um simples conselho, um telefonema
eventual, um e-mail, talvez, perguntando se está tudo bem, se precisa
de ajuda. E descobre que o fim da história mal resolvida não tem
explicação. E se ela perguntar um dia se você entendeu as decisões
dela, você devolve: "De ter me largado? Não, e você entendeu?" Sabe o
que ela dirá? "Também não."

Descobre que os filhos quando crescem não têm nada a ver com os pais
nem se encaixam nas projeções, comparações ou expectativas criadas na
infância. Descobre que, mesmo filiado a uma geração que quebrou tabus
e diminuiu o gap entre pais e filhos, os segundos nunca entenderão os
primeiros, haverá um conflito que parece ser a força motriz das
relações: o novo nega o antigo, o dominante perde espaço, o gene é
aprimorado.

Você descobre que a moda da sua adolescência volta. Com outros
pingentes e significados. A roupa não vem com a simbologia
contestatória ou alienante, nem com a mesma trilha musical ou
discussões existenciais. A bata que você usou no passado vira moda
novamente, mas não se cantam as mesmas músicas, nem se debatem os
mesmos dilemas. A roupa volta sem conteúdo ideológico.

Descobre que as modas seguem um princípio dialético que se repete. O
beat veio pra contestar o acomodado anterior. E sempre vem algo pra
conservar. O hippie veio pra contestar, a disco veio pra acomodar, o
punk veio pra contestar, o yuppie veio pra acomodar, o dark, pra
contestar, o new wave, pra acomodar, o grunge, pra contestar, o
clubber, pra acomodar, o britpop, contestar, o emo, acomodar.

Mas, de repente, ao envelhecer, você descobre que tais conceitos são
relativos, como tudo, que o cara da discoteca queria dançar, como o
cara da onda new wave e clubber, que há contestação no ato de pular e
dançar com roupas coloridas em momentos obscuros, e há acomodação no
paz e amor do hippie, que produziu o pseudo-acomodado punk niilista e
autodestrutivo.

Quando você envelhece, lê cada vez menos matérias que falam de saúde
ou mil agres da medicina. Porque você sabe que já afirmaram que café
faz mal, e já afirmaram depois que faz bem, o mesmo com o sal, o mesmo
com o vinho, já aconselharam comer uma castanha-do-pará por dia e já
desaconselharam, o mesmo com a pílula de alho, complexos vitamínicos,
aspirina, Ginkgo biloba, até açaí. Depois de ser banida de todas as
listas de dietas aconselháveis, agora dizem que carne vermelha faz
bem. Que vitamina C não cura gripe, todos sabem, mas todos continuam
tomando e apostando nela.

Se você está nos entas, já deve ter parado de fumar, trocou a Coca
pela água com gás, e sabe que está na hora de aprender para que servem
alguns botões do DVD ou comandos do celular, e sabe que está na hora
de começar a ler manuais de aparelhos que estão cada vez mais
sofisticados. Ler com óculos de leitura, óbvio.

Você sabe que envelheceu quando confunde giga com mega, ainda diz< br />liquidação, em vez de sale, não sabe se o trema foi abolido, usa ASA e
não pixel, descobre que as letras das bulas ou dos rótulos são em
outra língua e ilegíveis, e que ler cardápio à luz de velas é
desesperador.

Lamenta que o Brasil de fato não tem jeito, não cresce, é resistente a
mudanças, é conservador, evita discutir temas como aborto, eutanásia,
descriminalização da maconha, união homossexual, tem dificuldades em
se enquadrar no time de países progressistas, e que a desigualdade só
aumenta, a corrupção, idem, as favelas, idem, sabe que antes da Copa
do Mundo tem aquela barulheira ufanista, e que se o Brasil perde vão
procurar um culpado e terá até CPI, sabe que brasileiro não sabe
perder no futebol, que continuarão a invadir gramados, e nunca ninguém
será preso, que muitos camelôs venderão contrabando ou falsificados,
que na apuração do carnaval vai rolar brig a e protestos, na novela
alguém será assassinado, outro descobrirá que não é filho de quem
pensa que é, que um teminha polêmico, tipo casal do mesmo sexo se
beijando, será debatido por colunistas e reprovado por religiosos.

A vantagem de envelhecer? Retirar da vida expectativas que só a tornam
mais complicada e descobrir que no fundo ela é também engraçada.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

O sono dos que descem a serra

Uma linda noite como poucas outras. A lua refletida no mar a iluminar toda a extensão da pequena praia como um grande, porém discreto, holofote. O cenário era perfeito. A temperatura da água a tocar os pés, ideal. E ele estava ao meu lado, como sempre tem estado. Presença que harmoniza em mim o amor e a paz.

Caminhávamos sem olhar para a pegadas que deixávamos na areia o curto tempo entre uma onda e outra. Sorríamos em silêncio, como se disséssemos todas as coisas que tínhamos no coração. Nos olhávamos e a luz da lua parecia refletir nos olhos mais que o mar, nossas almas.

Dormimos o sono dos que descem a serra em busca de tranquilidade, depois da batalha paulistana. E esquecemos que teríamos que fazer o caminho de volta, como tinha que ser.



Do alto, nem tão alto assim, o barzinho escondido pelas folhagens. Sentados ali, sem ter que contar o tempo, ouvíamos o bater das ondas nas pedras e saboreávamos o bebemorar da vida, naquele paraíso quase perdido.

O peixinho fresco, a cervejinha gelada, o namorinho bom a beira mar... depois deitar na areia e observar os pássaros, os nascidos de penas e os feitos de lonas para carregar aqueles que querem se sentir pássaros. Esperar o sol se pôr. Deixar a chuva cair e sentir a brisa...

E ele estava ao meu lado, como sempre tem estado. Presença que harmoniza em mim o amor e a paz.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Bastidores de uma premiação


Entre os trabalhos que eu faço, um é o de mestre de cerimônias em premiações ou eventos. Ontem, dia 31 de março de 2009, fui a apresentadora do 22º Prêmio Veículos de Comunicação, realizado pela revista Propaganda. Você pode assistir à cobertura completa no www.propmarktv.com.br .

O evento aconteceu no Citibank Hall - antigo Palace, como realmente é conhecido. E reuniu as principais lideranças dos veículos nacionais de comunicação e mídias brasileiros. Como contei com o apoio do camera man Fernando Bogo, contratado da Take5, para a cobertura do evento, resolvi mostrar os bastidores da minha transformação para a apresentação do evento.

Claro que nem sempre conto com os cuidados da profissionalíssima Paulette Pink
para quem eu tiraria meu chapéu quantas vezes fosse preciso. Atenciosa, delicada e competentíssima, ela tem o dom de transformar as pessoas fisicamente, com sua maquiagem, seus penteados e seus truques visuais - esses não vou revelar, desculpem... rs - tanto quanto de elevar o astral e a estima de quem está prestes a subir em um palco na frente de uma platéia seletíssima e exigente.


Clique aqui
e divirta-se com este making of.

terça-feira, 17 de março de 2009

Minha Susi não foi a única a namorar o Feijãozinho...

Por anos e anos acreditei ser a única menina do mundo a colocar minha querida boneca Susi para namorar com meu também querido boneco Feijãozinho.



Eu sei. A julgar pela imagem Susi até poderia ser acusada de pedófila. Mas ela não era. Imagem não é tudo. Minha inocência infantil me garantia que a relação era de comum acordo e de igual para igual. Tanto que um amor como esse, capaz de suportar os preconceitos pelas diferenças latentes, gerou um lindo frutolete: a adorável fofolete.



Nem a Susi, nem o Feijãozinho, nem a Fofolete das imagens são os meus. Mas achei que daria uma ideia do álbum dessa minha família.

Lembranças de uma infância doce, porém reservada a alguma área do cérebro que nem sempre vem a tona. Mas que submergiram enquanto eu folheava o Almanaque O2 Neurônio "Guia da Mulher Superior", dentro da Livraria Cultura. O título "Minha lista preferida de traumas infantis" por algum motivo me atraiu. E a descrição que li em seguida me garantiu gargalhadas tão de menina feliz que, por alguns instantes, era como se todos os anos entre aquele momento e a última vez que brinquei com a família Sr. Feijão, Sr. Susi e sua fifoletinha nunca tivessem existido.

Foi uma leitura hilária e saudosista. Doce.
Cheguei a pensar que eu poderia ter sido irmã - ou ao menos coleguinha - da Jô Hallack, autora do texto. Teríamos nos dado bem com nossos brinquedos. Com uma ressalva, Jô, a de que eu jamais envolveria perseguições religiosas nas minhas fantasias infantis.

Senti saudades dos belos momentos nos quais dei vida a esta família imaginária para poder fazer parte dela, como uma Deusa. Momentos tão simples e sinceros que pareciam não carecer de retratos. Bastando os captados por minha mente e meu coração. Hoje percebi que gostaria de tê-los também em papel, para poder digitalizá-los e postá-los aqui. Ainda bem que há pouco tempo me tornei devota de "São Google das Boas Imagens".

quinta-feira, 12 de março de 2009

O bom de ser mulher

O Dia Internacional da Mulher é uma das datas sobre as quais eu diria que há controvérsias. A maneira como é comercialmente celebrada não faz jus ao motivo pelo qual o dia 8 de março de 1857 entrou para a história. Nesta data, 129 operárias de uma fábrica de tecidos de Nova York morreram queimadas em uma ação policial. Brutalmente caladas durante uma manifestação pela diminuição da jornada diária de trabalho, de 14h para 10h, e o direito à licença-maternidade.

Direitos dos quais muitas vezes abrimos mão por sermos super-mulheres modernas, do século XXI, prontas para cuidar da casa, dos filhos, dos maridos sem deixar de sermos impecáveis como profissionais, bem-sucedidas sempre e mantermos nossos corpos sarados mesmo que tenhamos que malhar de madrugada, enquanto todos dormem.

Pensando nisso, decidi produzir um vídeo para o propmarkTV, site do qual sou editora de imagem e conteúdo, utilizando trechos de entrevistas que fiz com mulheres do mundo do marketing e da propaganda para o próprio site. Deu um trabalhão danado. Sozinha, vasculhei os arquivos procurando mostrar que essas mulheres são líderes justamente por enxergarem o mundo como mulheres, mesmo quando o universo que as cerca é assustadoramente masculino. Ao terminar, já noite adentro da sexta-feira, revi o vídeo com um sorriso nos lábios e a sensação de missão cumprida.

Peguei meu carro e corri contra o tempo, ansiosa por chegar a tempo da sessão de cinema combinada com meu amorzão. A Rádio SulAmérica Trânsito me desencorajava. Em todos os cantos a situação era caótica. Mas pelas vias por que passei, incrivelmente, os poucos carros fluiam... Eu ainda estava no carro quando recebi minha maior recompensa: o sorriso dele e o beijo jogado em minha direção. Nessas horas, quando nos sentimos mais mulheres do que nunca, é que costumo agradecer à Deus por poder usar batom, rímel e saia, sem me tornar por isso alvo de questionamentos.

E quero agradecer aqui, em público, às mulheres que me deram tanto trabalho de edição pela riqueza de suas palavras.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Pôr-do-sol


Quero a vida sempre assim
com você perto de mim
até o apagar da velha chama
e eu que era triste
descrente desse mundo
ao encontrar você eu conheci
o que é felicidade, meu amor! (Tom Jobim)

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Você ainda diria que a internet é fria e separa as pessoas?!?



Definitivamente a internet abre um novo mundo diante de um olhar curioso, desperto e decidido. Cada vez e sempre mais. Uma nova geração surge: a que mistura os jovens que praticamente nascem sabendo aos nem tão jovens assim, que estão aprendendo, orgulhosamente, como eu, a conviver nesta nova atmosfera.

Quem cai nesta rede pode ser peixe, gato ou cachorro. Pode ser o que quiser que há espaço. Viva as diferenças que convivem tão harmoniosamente com as críticas vindas de todos os lado, doa a quem doer.

A palavra de ordem é compartilhar. Como fiz com esse vídeo que assisti no blog do Fred Pacheco, que por sua vez recebeu a indicação da Verônica - que provavelmente nem conheço. E está lá no Youtube também, marcando 5.882.146 exibições até exatas 01h12 da madrugada desta terça-feira (10).

O Fred Pacheco usou o vídeo para falar sobre viralização como um processo natural para "boas peças com conteúdos interessantes". Concordo com ele e com alguns outros publicitários que tem questionado sobre como uma agência pode vender um vídeo ou ação como sendo viral? E se as pessoas não gostarem e não espalharem? Alguém está se esquecendo que a internet tem por princípio a liberdade de escolha. Mas não é sobre isso que quero falar agora.

Para mim, este vídeo é uma edição artística feita pela Playing for change. A matéria-prima, como o próprio nome diz: música ao redor do mundo. Pé na estrada, olhar e ouvidos atentos, captar imagem e som e ação!

Mas o que realmente me chamou a atenção foi a clareza poética com que prova que a internet pode unir as pessoas sim, mesmo que tão distantes geograficamente. E isso inclui as que aparecem no vídeo e as que, como eu, se emocionaram diante da tela do computador.

Playing for change, estou aplaudindo de pé! Vocês e sua magnífica orquestra around the world.
Clapt! Clapt! Clapt!

domingo, 25 de janeiro de 2009

I'm back...

... Until when? I don't know, sorry!

Sei que não é a melhor maneira de começar um post. Ainda mais o primeiro do ano. Mas eu decidi ser sincera.

Seria melhor começar pelo FELIZ ANO NOVO!
Ok, ai está.

Bem, mas não foi por falta de assunto que me ausentei. Nas férias, por exemplo, li bons livros que gostaria de ter compartilhado com meus leitores. E apesar de ter passado parte delas (as férias) praticamente afastada da conectividade no delicioso sítio de meus pais - paraíso graças ao qual consegui colocar a leitura em dia e ganhar alguns deliciosos quilinhos - passei a outra maior parte conectada sim, mas o mínimo possível.

Vamos aos livros:
"Maitê Proença - Uma vida inventada". Simplesmente delicioso e eu diria até que transformador. Aos preconceituosos de plantão - sim, ser artista "Global" arrasta público para teatro mas também gera preconceito - digo que vale rever o conceito. Naquelas páginas escritas com um texto atraente e rápido, deparei-me com a mulher Maitê cuja vida, Ulalá, não foi das mais generosas, apesar da beleza estonteante. Maitê mistura ficção com realidade na medida exata e leva à reflexão de seus dramas sem ser dramática. De tão bom eu li e pude compartilhar com pessoas especiais, entre elas minha amada mãe. Inclusive tenho que agradecer as amigas Fernanda e a Marilena que tem me colocado diante de ótimas leituras.


Terminado esse parti para o romance "Os Catadores de Conchas". Presente de aniversário de uma grande amiga e sobre o qual posso revelar um fato em público já que o fiz pessoalmente. Ao me deparar com um romance pensei: "preciso avisar minha amiga que os romances não me agradam tanto quanto as biografias." Para minha sorte resolvi confessar depois de ler as quase 700 páginas que me aguardavam. Ainda bem. Há tempos não mergulhava em história inventada - essa sim, bem mais que a de Maitê cuja realidade é presença constante - tão envolvente. Havia me esquecido de como os bons romances podem ser prazerosos e isso devo a Pati.

Foi então que, presenteada e sinceramente agradecida já que amo ganhar livros, finalmente pude ser apresentada à Capitu da literatura, não ainda pelo original "Dom Casmurro" de Machado de Assis - mais uma confissão, eu não li o tal - mas pelo livro que considero uma proposta ousada de Domício Proença Filho, "Capitu - Memórias Póstumas".
Resgatando trechos do relato de Bentinho, o autor das memórias póstumas de Capitu dá voz à enigmática personagem. Indico a leitura, rápida e saborosa, e até por isso confesso que esperava um pouco mais do final e não apenas a sensação de "termina assim?"
Talvez eu não tenha me apercebido de algum detalhe determinante e fica aqui o espaço para que me provem o contrário.

Somadas às boas leituras que me permitiram viajar muito mais do que minha movimentação geográfica durante as férias, estas foram fantásticas. Mas não vou recordar os tempos de escola cuja volta as aulas era a certeza de ter que redigir a famosa "Minhas férias".

O trabalho recomeçou - e como - e com ele a prioridade pelas obrigações em detrimento aos prazeres. Voltei à academia - mas definitivamente não gosto de musculação e sei que será um longo percurso até queimar os quilinhos extras conquistados entre uma refeição e outra cuidadosamente preparada por meu pai no fogão a lenha do sítio. Voltei ao inglês - e definitivamente só me restava um curso face-to-face with the teacher. Estou tentando me adaptar a nova realidade ortográfica - o que você provavelmente vai perceber neste texto, estou longe de realmente me adaptar. E descobri durante 3 dias dos quais passei a maior parte do tempo na Campus Party - maior evento de internet do mundo que aconteceu este mês de janeiro em São Paulo pela segunda vez - que definitivamente sou de uma geração muito ultrapassada quando o assunto é novas tecnologias, novas mídias e mídias sociais, conectividade... nem sei se tenho memória suficiente no meu HD para um dia chegar lá.

Mas fica aqui um tour que fiz no evento para o www.propmarktv.com.br.


Beijo e até meu próximo post.