sexta-feira, 30 de maio de 2008

A vírgula pra lá, a vírgula pra cá...

Das vias rápidas e fáceis da internet não escapam as idéias. Boas ou ruins, chegam aos nossos e-mails sem pedir licença e com comentários pessoais de quem, na maioria das vezes, não conhecemos e nem vamos conhecer.

Algumas dessas mensagens são devidamente deletadas, como diz um amigo meu. Outras, que por algum motivo chamam nossa atenção, ganham nosso precioso tempo e as vezes nos transformam em via de retransmissão.

A publicidade, quando boa, é beneficiada por este comportamento viral que, por outro lado, pode destruir a imagem de uma marca e até de uma pessoa. Mas tenho recebido alguns virais que só reforçam a genialidade da campanha "A vírgula", criada pela agência Africa para celebrar os 100 anos da ABI (Associação Brasileira de Imprensa). Como recebi essas mensagens em minha caixa de e-mails e elas próprias reproduzem o texto do comercial, me sinto no direito de reproduzí-las aqui também. Ah, do jeitinho que recebi. Sem tirar uma vírgula.

"Caros amigos,
A campanha dos 100 anos da ABI (Associação Brasileira de Imprensa) serve para nos lembrar que como é importante escrever direito para comunicar bem.
Vai aqui um alerta para os aqueles que têm que transcrever palestras e ditados: quando transcrevemos algo que alguém disse, não podemos escrever as coisas corridas, sem a pontuação correta. Temos que ter um especial cuidado para não truncar, ou até mudar completamente, com uma pontuação mal feita, TODO o sentido do que foi dito.
Afinal, uma vírgula, muda tudo.
Bj,
Celia

Uma vírgula muda tudo

A vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere.
Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.
Pode ser autoritária.
Aceito, obrigado.
Aceito obrigado.
Pode criar heróis.
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.
E vilões.
Esse, juiz, é corrupto.
Esse juiz é corrupto.
Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.
A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.
Uma vírgula muda tudo."

"MALÍCIAS DE NOSSA LÍNGUA. VEJA A CAMPANHA DOS 100 ANOS DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE IMPRENSA (ABI).
BEIJOS
A VÍRGULA
vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere.

Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.

Pode ser autoritária.
Aceito, obrigado.
Aceito obrigado.

Pode criar heróis.
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.

E vilões.
Esse, juiz, é corrupto.
Esse juiz é corrupto.

Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.

A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.

Uma vírgula muda tudo.

ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação."

OBS.: Se quiser assistir ao comercial, clique aqui que ele foi postado no texto A vírgula de segunda-feira, 26 de maio de 2008.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Ela poderia ter sido Cleuza, mas preferiu apenas interpretá-la

Ainda não assisti ao filme “Linha de Passe”*, dirigido por Walter Salles e Daniela Thomas. Se o tivesse, poderia até expor uma opinião sobre a performance da atriz Sandra Corveloni. Opinião pessoal, antes de tudo, embalada pelo que aprendi no Teatro Escola Macunaíma, onde me formei. Mas que em nada mudaria os fatos. Nem tampouco tiraria os méritos da brasileira que conquistou a Palma de Ouro como Melhor Atriz no Festival de Cinema de Cannes deste ano.

Ela é brasileira e paulistana. Ela desfila uma beleza real. Ela estava em casa, brincando com o filho, quando foi declarada a melhor atriz de 2008, no glamouroso Palais des Festivals de Cannes, na França, por interpretar Cleuza, a mãe solteira de cinco filhos – um deles ainda na barriga - que luta diariamente pela sobrevivência e contra a exclusão social. Ela se destacou entre estrelas como Angelina Jolie, que concorria pela atuação em “Clint Eastwood”, e Julianne Moore, atriz de "Ensaio Sobre a Cegueira", do diretor brasileiro Fernando Meirelles.

Sandra Corveloni é a mulher da vez. Toda a mídia se joga aos pés da nova musa morena. A menina que viveu na periferia e poderia ter tido destino semelhante ao de Cleuza, sua personagem. Ou pior. Mas se deu conta de que a vida não permite ensaios. Viver é estar em cena e Sandra decidiu que o roteiro da sua história caminharia para um final feliz. Não esperou que a própria sorte mudasse seu rumo. Caminhou. Transpirou. E que venham as palmas, os ouros e os louros. Que não falte coragem, determinação e muito trabalho, já que as cortinas ainda não se cerraram.

A foto é de Tiago Queiroz e foi publicada no www.estadao.com.br.

*“Linha de passe” concorreu também como Melhor Filme no Festival de Cinema de Cannes de 2008, mas o título ficou com “Entre Les Murs” (Entre as Paredes), do diretor Laurent Cantet.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Como água para chocolate (na lei da oferta e da procura)

Chocolate é mesmo um doce tentador. A cor atrai, o cheiro atrai, as formas e embalagens atraem, sem falar nas possibilidades... Claro que estamos nos referindo ao bom chocolate. No entanto, custo a acreditar que uma apetitosa barra de chocolate possa ser comparada por uma mulher, sem interferências como o dia do mês ou a situação de suas relações afetivas, à uma romântica e ardente noite de sexo. Ou de amor. Mas foi. E o chocolate se deu bem na preferência feminina mundial.

Uma pesquisa* acaba de revelar que 69,1% entre 3,5 mil mulheres de 13 países, com idades entre 18 e 35 anos, prefere chocolate à sexo, que ficou em sétimo lugar na lista. Separando o chocolate do sexo estão questões como compras, a vice-líder com 67,9% - depois há quem reclame da fama de amante dos cartões de crédito -; um bom jantar, com 59,1% dos votos; um buquê de flores, com 56,2%, e um banho de espumas, com 55%. Machismos a parte e eliminando as compras - cujo prazer proporcionado, acredito, é ítem de série na maioria dos seres humanos - os ítens seguintes tem um quê qualquer de segundas intenções. É, ou não é?

A pesquisa ainda revela que, entre as entrevistadas, as brasileiras são as mais fanáticas pelo chocolate (83,6% delas colocaram o doce no topo da lista de suas preferências). Entretanto, o chocolate é visto como o responsável por deixar as mulheres predispostas à diversão, como um poderoso afrodisíaco natural e responsável por proporcionar prazer comparável ao sexo. Huummm, Freud explica. Como é mesmo aquele ditado... quem não tem cão, caça com gato?!? Além do mais, chocolate se encontra aos montes nas prateleiras, satisfaz o prazer da compra, pode ser a sobremesa de um delicioso jantar e ainda vem com aquele gostinho de quem superou a culpa dos quilinhos a mais...

Quer saber, chocolate e sexo combinam perfeitamente e a ordem dos fatores não altera, necessariamente, o produto. Se puder ter agregado um terceiro ingrediente, mais escasso na sua forma verdadeira e por isso mais gostoso e saudável, o amor, ai não tem comparação. Vá fundo e seja feliz!!!


*A pesquisa foi realizada pelo instituto Datosclaros para a marca Axe, da Unilever, com mulheres da Argentina, Brasil, México, Estados Unidos, Espanha, França, Alemanha, Itália, Inglaterra, Holanda, Austrália, Filipinas e Índia.

Curiosidades:
-as indianas consideram as jóias como o ítem mais irresistível;
-nas Filipinas, o sexo é o item menos irresistível e tem apenas 16,5% da preferência feminina.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

A vírgula

Estive pensando nessa minha relação complicada com a tal da vírgula. Os pensamentos socráticos me caíram como uma luva para explicar meus desentendimentos com ela, por assim dizer. Acho até que já fui melhor nisso, mas me lembro que em meu primeiro curso de locução o professor disse que a vírgula servia para podermos respirar nas falas. Provavelmente eu já tinha ouvido isso antes, mas naquele momento eu interiorizei e, seguindo o pensamento socrático - ou quase isso -, foi quando eu realmente aprendi algo sobre a vírgula.

Mais tarde, não muito, um colega de trabalho me disse: "vou te dar uma dica de ouro para quem trabalha em rádio. Esqueça as regras. Quando for escrever um texto para locução, pense na vírgula como um ponto para respirar". Pronto. Me convenci. Provavelmente, neste e em todos os meus outros textos haverá vírgulas empregadas indevidamente. O pior é que agora há uma bagunça em minha cabeça. Sei que, por princípio, este não é um texto para locução. Mas quais são as regras mesmo?

O fato é que "uma vírgula muda tudo", como diz um dos mais inteligentes roteiros publicitários que eu vi nos últimos tempos, criado na agência Africa para os 100 anos da Associação Brasileira de Imprensa. Assista e tire suas próprias conclusões.

Criação: Fabio Seidl, Bruno Brasil e Luiz Gonzaga Saraiva
Direção de criação: Nizan Guanaes e Sérgio Gordilho.
Produção: Visorama Diversões Eletrônicas
Finalização e pós-produção: Link Digital
Produção de som: Sonido Produções Musicais
Locução: Matheus Nachtergaele.

domingo, 25 de maio de 2008

Parada do Orgulho GLBT

"Onde você está?", foi o que ouvi ao atender o celular. "Em algum lugar muito quietinho", continuou minha interlocutora, do outro lado da linha pela qual eu ouvia muitos sons e ruídos. "Estou em casa, lendo e escrevendo", respondi. Ela era uma na multidão da avenida Consolação que aguardava a passagem do desfile da Parada GLBT. Mas sua voz estava radiante e seu timbre dizia que ali havia alegria.

Até pensei em me encontrar com ela e sua animada turma. Mas me lembrei de outro telefonema que recebi ontem, de um amigo gay, e desanimei. "Estou até com medo por que tem tanta obra na Paulista que se acontecer uma confusão vai ter gente enrolada naquelas redes de proteção que não vão se soltar nunca mais", foi o que ele disse, partindo depois, obviamente, para seu humor sacana. Mas pensando bem, isso não é problema. Afinal, se a situação apertar, a Ministra do Turismo que está em um dos carros alegóricos é capaz de levar o público ao delírio com seu famoso mantra: "Relaxa e goza!".

Aliás, em seu discurso na abertura do evento - que estou acompanhando pela internet -, Marta Suplicy declarou que a Parada do Orgulho GLBT atraiu 327 mil turistas para a cidade de São Paulo, sendo 5% estrangeiros*. Muito bom. Mas melhor ainda será se o tema discutido este ano, "Homofobia mata! Por um Estado laico de fato", contribuir para diminuir os índices de criminalidade contra esse público. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays e Transexuais (ABLGT), Toni Reis, nos últimos 20 anos mais de 2,8 mil homossexuais foram mortos no Brasil*. Assustador.

No entanto, essa gente alegre que hoje colore as avenidas Paulista e Consolação é apenas uma parcela que chama a atenção para o preconceito latente de nossa sociedade que ainda não aprendeu a conviver com a diversidade.

Como escrevi ontem, não dá para querer que os outros ajam como nós, sigam nossas regras. Não existe receita para a felicidade. É importante, sim, estar atento para o direito do outro e para o fato de que sua liberdade termina onde começa a do próximo. Mas as pessoas são diferentes sim e ai está a mágica da humanidade. Cada ser é único e merece ser respeitado como tal. E que assim seja!

*fonte: www.estadao.com.br

sábado, 24 de maio de 2008

O agir correto

Ando um tanto quanto arredia em relação a essas pessoas que tem sempre uma lição de moral ou uma justificativa para te influenciar a agir de uma maneira ou de outra. O certo e o errado são tão relativos e ao mesmo tempo tão óbvios! Posso até parecer intolerante demais, mas, cá entre nós, normalmente são pessoas para as quais eu olho e não vejo a menor graça em seu jeito de ser e viver. Não quer dizer que elas estejam erradas, ou eu. Só somos, digamos, incompatíveis. Temos pontos de vista distintos. Que bom.

Bom também meu reencontro iniciado neste final de semana com o pensamento de Sócrates, entre os de outros filósofos, em "O Mundo de Sofia". Sim, finalmente espero ler por completo o livro que comecei algumas vezes, na década de 90, e nunca cheguei, se quer, a metade. O que importa mesmo é que estou me divertindo com Sofia, Alberto Knox e seu mensageiro Hermes.

Sempre acreditei que as respostas estão dentro da gente. Que só aprendemos o que interiorizamos. E que a capacidade de distinguir o que é certo e errado está na razão, não na sociedade. Assim como nos pensamentos atribuídos a Sócrates e abordados no livro. Segundo esses pensamentos, faz o que é certo quem sabe o que é certo por acreditar que assim será feliz.
É velho, clichê, mas as respostas estão mesmo dentro do nosso coração. Mas isso é "coisa que eu sei, eu adivinho sem ninguém ter me contado". Por isso mesmo faço dessa uma verdade minha. Mesmo não tendo sido eu quem descobriu primeiro, assim como não sou a autora do que está entre aspas, que é trecho de uma música. Propícia, aliás:

"Eu quero ficar perto de tudo que acho certo até o dia em que eu mudar de opinião.
A minha experiência, meu pacto com a ciência, meu conhecimento é minha distração.
Coisas que eu sei, eu adivinho sem ninguém ter me contado.
Coisas que eu sei, o meu rádio-relógio mostra o tempo errado. Aperte o play.
Eu gosto do meu quarto, do meu desarrumado, ninguém sabe mexer na minha confusão.
É o meu ponto de vista, não aceito turistas, meu mundo tá fechado pra visitação.
Coisas que eu sei, o medo mora perto das idéias loucas..."

Melhor eu voltar ao Mundo de Sofia.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

São Paulo tem mar no feriado

Não se iluda. Aviso logo que é mar de gente.
Para os que como eu não viram a tal "semana útil" terminar na quarta-feira, a sexta de trabalho ao menos prometia ser mais calma. Que nada. Meu primeiro compromisso, para o qual reservei uns 20 minutinhos, durou 1h30 e me custou R$ 8 de estacionamento. Meus 20 minutinhos custariam R$ 1. "Desculpa, moça, mas passou de 1h e é o sistema que marca o tempo. Se eu cobrar menos tenho que pôr do meu bolso e...", tentou amenizar o manobrista-caixa, quando eu o interrompi: "Eu sei. Fiquei uma eternidade lá dentro, eu sei".

A eternidade sentada no banco da sala de espera de um banco. Para minha sorte, entre os que pensaram como eu que hoje seria um bom dia para buscar moeda estrangeira no câmbio, um conhecido meu. Ufa! Batendo papo o tempo passa mais rápido. Pior que não tem jeito, papo de paulista tem que ter coisas assim: "Peguei a 23 de maio congestionada!". Mas é verdade, ora essa. Falar de quê depois de passar preciosos minutos, ou horas, ou sabe-se lá o quê, no trânsito? A gente precisa desabafar...

No trabalho, muito trabalho. E cá entre nós esses feriadinhos de quinta quando se tem trabalho só servem pra deixar a sexta arrastaaaaaada. Não rende 100%, vai? Confessa! E tem sempre quem não tem o que fazer e quer papear com você.

Já em casa resolvi ligar a TV, coisa que não tenho feito com frequência. Olha o mar de gente de novo. Desta vez, na caixinha mágica que me distancia dos fatos ruins tanto quanto me aproxima das coisas boas. 25 de março: lotada. Detran: lotado. Shoppings: lotados. Filas para assistir aos dois shows do cantor de rock japonês, Miyavi: lotadas. Desliguei a TV e já botei em questão minha ida ao bairro da Liberdade este final de semana, quando acontece o Bunka Matsuri, ou festa da cultura japonesa. Em meio a toda a multidão que há de passar por ali, não haverá se quer liberdade para andar, aposto.

Também, eu poderia evitar ver tanta gente assim se ouvisse meu colega de trabalho que tenta me convencer de que foi besteira operar a minha miopia*. "Nesse mundo, quanto menos a gente vê, menos a gente sofre", é o que ele diz. Até que é engraçado.

*Mas não foi besteira não. Fiz a cirurgia dia 13 de maio e estou bem feliz com o resultado. Nunca me adaptei com lentes de contato. Até tentei, mas não rolou. Óculos, concordo que faziam um charme. Mas eu bem sei o que é ir ao cinema e não enxergar ao filme porque o óculos ficou em casa. Ou não encontrar o endereço porque estava sem o tal auxiliar da visão. Pior que isso é passar por alguns conhecidos e não cumprimentá-los, afinal, você não viu, literalmente, que são conhecidos. Alguns te chamam e você tem a chance de se explicar. O problema são os que deixam estar. Esses vão espalhar que você passou por eles e os ignorou... e essas informações voam e tomam proporções descabidas.

Mas calma lá. Ainda estou sofrendo da "visão flutuante". Um fenômeno que acontece em quem opera, por um período não longo, mas indeterminado. Você está enxergando normalmente e, de repente, tudo fica embaçado. Situaçãozinha embaraçosa, viu!
Mesmo assim, aos que desejam se livrar dos óculos eu digo sim, façam a cirurgia. Também tive medo, relutei, mas é bem simples e vale muito a pena. Claro, antes converse com um oftalmologista de confiança e faça todos os exames. Como em tudo na vida, existem casos e casos.

Aliás, vou parando por aqui que meus olhos já estão pedindo. Tenho a tal da "síndrome do olho seco" e a culpa é minha: tenho preguiça de piscar, pode? Juro que quando me lembro, eu pisco. Mas normalmente me esqueço e quando pisco é só até a metade do olho. Que coisa feia, não?! Economizar piscar de olhos... Não. Isso já é demais. Mas é, fazer o que?!
Em dias secos como hoje, piora muito. Aí, lágrima artificial nos olhinhos que eles agradecem (mas, como que por vingança, permanecem um tempo embaçados).

Por que será que teimo em manter os olhos tanto tempo abertos... vigiantes... Sabe-se lá!!! Vai ver que pra ver o que nem todos vêem na multidão que forma o mar de São Paulo... mar de gente! Será?

Ah, sem falar que vem ai a Parada do Orgulho Gay, no domingão. Me lembro de um ano em que desci o elevador de um prédio no qual morei, na Consolação, com uma senhora e um casal gay. Incrédula, a vovó sentenciou: "não é possível, com tanta bicha assim não deve ter mais homem nesse mundo." Mas ela merece perdão. Devia estar sob o efeito alucinógeno da vista de sua sacada que tinha como paisagem a avenida da Consolação, mais colorida do que nunca. Uma avenida inundada por gente alegre e saltitante que vem ai de novo. E que agora poderei ver sem a barreira da miopia ou das lentes de contato.