quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Academia filosófica



Há alguns dias percebi que preciso voltar a malhar. Me matricular em uma academia e levar a sério. Não só pelo corpo que denuncia os 30 e poucos anos, mas pela alma. Sr(a) Mente reclama que tem trabalhado muito enquanto o Sr. Corpo se mantém em repouso, horas no carro - nesse trânsito infernal -, outras horas na cadeira enquanto edito vídeos, algumas poucas em pé ou sentada, conversando com algum entrevistado...
Alongamento para mim tem sido esticar o braço até alcançar a altura certa do tripé e exercício aeróbico, o sobe e desce da escada de casa para pegar algo esquecido no andar de cima, ou de baixo – o que evito ao máximo empilhando nos degraus o que precisa descer ou subir para tentar levar tudo de uma vez. Concordo com você, isso não é exercício e preciso da academia.
Pois bem, do alto da minha consciência de necessidade cerceada pela falta de tempo, eis que ontem me encontrava semi-deitada em uma sala onde se discutia fi-lo-so-fia. Não a de boteco. Filosofia mesmo, sob a ótica de Nietsche. Com especialista e tudo. Sim. Cai na tentação e quase – mas quase mesmo – me matriculei no curso de filosofia.
Nada contra. Pelo contrário, ADORO filosofia. Sempre gostei e alguém muito especial, o saudoso e querido professor Zizo (alunos da Unilago/S.J.Rio Preto, é ele mesmo), conseguiu reforçar ainda mais minha admiração pela disciplina. Mas acho que do alto dos meus 30 e poucos anos, me interesso mais por filosofar sobre a vida mesmo, a real. A minha, a das minhas amigas, com exemplos, comparações, percepções, achismos descompromissados mas levados sempre a sério... Aqueles papos que lavam a alma. E que só reforçam questões como a de que não preciso tanto de filosofia, a não ser a que me mostra o quanto preciso, nesse momento da vida, de uma academia.

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