quarta-feira, 14 de outubro de 2009

"Orgulhosa demais, frágil demais"


A vida de Maria Callas, de Alfonso Signorini. Este foi o último livro que devorei com a mesma intensidade com que a protagonista desta história real viveu e morreu tantas vezes ao longo de sua trajetória.

Uma mulher que nasceu com o dom de ser só e a necessidade de ter o público aos seus pés. De viver ao som de aplausos e suspiros. Capaz de seduzir com seu pesado e maltratado corpanzil enquanto aguardava o momento exato para metamoforsear-se e então iniciar sua "escalada ao Olimpo", como ela mesma sentencia, segundo descreve o autor.

Um livro apaixonante sobre uma mulher que renuncia a si mesma pelo amor de um homem de sobrenome Onassis. Ele, contraditório nas proporções em que destina seus bens e sua ternura à amante Callas, cuja consciência só lhe chega com a morte. Mas em tempo de ter o perdão.

Sinto-me ainda envolvida pela biografia que despertou em mim algo como uma vontade de traçar um foco e seguir rumo a ele sem que nada me detenha. Não ser alguém como Callas apenas na aparência, cuja semelhança me foi sugerida algumas vezes, mas um pouco mais na alma assertiva de uma Callas que foi o que quis ser.

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