segunda-feira, 30 de julho de 2007

"Galinha triste não põe ovos"

Quando essa brincadeira de blog começou eu queria fugir totalmente de tudo que me lembrasse trabalho. Era para ser como o meu irresponsável "diário verde", citado em "É chegada a hora...". Mas diante deste apetitoso exercício de parar alguns minutos para pensar no que escrever sobre meu dia, ou noite, e de que forma contar o(s) fato(s), sem compromissos ou regras, tenho me dado conta de quanto minha vida se alimenta do meu trabalho e vice-versa. "Você está virando uma workaholic incondicional", diriam, ou melhor, repetiriam alguns. "Pára de trabalhar e vamos aproveitar a festa, Rita", está gravado em uma das fitas da cobertura do festival de Cannes deste ano, com voz e rosto de um publicitário que virou amigo. Ok, galera! Tenho pensado no assunto. Mas não é disso que estou tratando agora.

Me dei conta de que este trabalho me permite conhecer, conversar, questionar e extrair o máximo de pessoas tão diversas quanto interessantes. Confesso que nem todas o são. Nestes casos faço o essencial. Mas tenho dado sorte. Encontrado pessoas que me fazem acreditar que o "amanhã melhor" está começando.

Afirmações tão simples como o título deste texto merecem ser repetidas. Não apenas porque saíram da boca de um bem-sucedido executivo. Mas porque as pessoas da empresa que ele comanda refletem, em sua maioria, a felicidade e tranquilidade em busca das quais se diz ocupar. E olha que lá eles também trabalham com deadlines e afins. Eu sei. Não é novidade pregar a satisfação como a "galinha dos ovos de ouro". Mas este é o exemplo mais recente que tenho. Por ter estado lá, vários dias, em horários diferentes e papeando com pessoas diferentes. Não acho que conseguiriam "manter a personagem encomendada pelo chefe" enquanto essa jornalista passeia entre uma sala e outra, sem avisar se está de chegada ou partida... Me soou sincero. Mais que isso, me pareceu real.

Vou ficando por aqui. Afinal, não me leve a mal mas ainda tenho "ovos para botar".

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