Muito frio por aqui. Os dedos doem ao tocar o teclado. Mas não quero deixar em branco este espaço, com a lacuna de um dia. Não hoje. Então, vasculhei um dos meus devaneios passados, como farei vez ou outra, para postar aqui. E resgatar minha voz que gritou em silêncio nos rascunhos de outrora...
Ai vai...
"Dai-me mundo plebeu os sonhos dos ricos,
para que ao menos eu possa sonhar
enquanto eles riem e cospem seus sonhos
no mármore lapidado pelos meus
sob o qual pisam os sapatos
que os meus moldaram
e não herdaram.
Deixai ir a eles meu silêncio
porque os gritos já não alcançam
a surdez
dos que se escondem na pequenez
da alma.
Ouve-se mais minha guerra sem gritos,
sem tiros, gemidos.
Mais do que as tropas alemãs
e que o jazz erudito
ou o coro das igrejas
que mereja ouro
nas paredes onde o culto
joga a população ao oculto."
(escrito em 06/04/2000)
sábado, 28 de julho de 2007
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