sexta-feira, 19 de setembro de 2008

O que levar para a cama

Enfim, consegui reencontrar minha mais nova amiga Liz Gilbert para saborear suas deliciosas aventuras pela Itália, Índia e agora Indonésia. Encontrei o tempo que o MacBook vinha me tomando quando ali, repleto de sua portabilidade, me obrigava a ir para a cama com ele e passar horas a fio em busca de novidades e de um trabalhinho extra sempre pronto a aparecer. Decretei o fim do nosso relacionamento noturno, salvo raras exceções, para me dedicar ao prazer da leitura de um livro.

Esse distanciamento do livro que eu estava gostando tanto me fez rever nossa relação. Isso mesmo. Exatamente como se formássemos um casal. Ao passo que ia lendo as palavras lado a lado, formando frases, parágrafos e imagens em minha mente, fui retomando as sensações que desde as primeiras páginas me invadiram, fazendo-me querer saber mais e mais daquelas histórias de Liz. Um prazer que fui deixando de sentir a medida em que fui esquecendo o livro ali, de lado, sem ao menos flertar com ele.

Cheguei mesmo a comprar e começar a ler outro livro, Resistência, durante uma viagem para a qual deixei de levar Comer, rezar, amar, de tão esquecido que andava. Mas sobre este volto a escrever no futuro. Uma coisa de cada vez.

E como ia dizendo, ao deixar de lado Comer, rezar, amar, fui esquecendo também o prazer que ele me proporcionava. Cheguei mesmo a comentar que não estava gostando tanto, mas que talvez fosse por não ter tanto tempo para ele... e era. Bastou deixá-lo me envolver novamente para sentir que nossa relação era sincera, recíproca e verdadeira, a ponto de que eu não tema que ele termine. Aliás, tudo que eu quero agora é que chegue ao final.

Antes, no entanto, quero registrar aqui alguns trechos que fazem todo sentido para mim.

"A flexibilidade é tão essencial para a divindade quanto a disciplina".
O contexto é um alerta sobre o perigo de se tornar obcecado pelos rituais religiosos na busca da espiritualidade.

"O eixo da calma fica no seu coração. É aí que Deus reside dentro de você. Então, pare de procurar respostas no mundo. Simplesmente retorne sempre a esse centro, e sempre vai encontrar a paz".
Reflexão que Liz credita ao seu iogue irlandês chamado Sean.

Bem, é isso.
Hora de desligar o computador!

Um comentário:

GS disse...

Ainda bem que voltou a escrever no blog.Adorei,porém,tb preciso me policiar e voltar a ler (o mesmo livro).Bons sonhos...